terça-feira, 29 de março de 2016

9.7 - A Segunda Guerra Mundial (1939 - 1945) (em construção)


O período compreendido entre 1919 e 1939, chamado de período entre guerras, é marcado pela crise econômica que tem como principal episódio a queda da bolsa de Nova Iorque em 1929, pelo surgimento e fortalecimento dos governos totalitários (nazismo e fascismo) e pelo desenvolvimento do socialismo.  A soma desses fatores  acirrou o clima entre as principais potências da época que desde o final da Primeira Guerra não era bom e promoveu o inicio da conhecida e tão falada Segunda Guerra Mundial.






Podemos entender a Segunda Guerra Mundial retomando questões fundamentais que marcaram o fim da Primeira Guerra, ocorrida entre 1914 e 1919. Nesse exercício de revisão devemos lembrar especialmente do Tratado de Versalhes e seus significados, e também da criação da Liga das Nações.

 -TRATADO DE VERSALHES fez duras imposições aos governos dos países derrotados. Principalmente para os alemães o tratado foi considerado humilhante.  Foi nesse cenário e aproveitando-se da grave crise social e econômica que atingia a Alemanha, que  Adolf Hitler e seu grupo político chegaram ao poder despertaram o sentimento de revolta e de vingança no povo alemão. 

LIGA DAS NAÇÕES foi criada ao final da primeira grande guerra, era composta por representantes de diversos países e tinha como principal objetivo manter a paz mundial.  Os Estados Unidos optaram por não fazer parte da Liga e a União Soviética (URSS), por ter um regime socialista, acabou sendo rejeitada pelas potências capitalistas que temiam a propagação do modelo socialista. Inglaterra e França controlavam a Liga das Nações e assumiram apenas uma política de apaziguamento enquanto que países como Alemanha, Itália e Japão adotaram uma política externa de expansão territorial, militar e econômica. Desse modo, a Liga das Nações não atingiu seus objetivos já que não impediu,  por exemplo,  impedir a invasão japonesa da Manchúria em 1931 e nem a invasão italiana na Etiópia em 1935.  

As origens da segunda Guerra Mundial:
expansão territorial, militar e econômica

Após a Primeira Guerra Mundial os governos do Japão, Itália e Alemanha adotaram uma clara política de expandir seus domínios sobre outras áreas. Mussolini pretendia modernizar e desenvolver a indústria do país e os japoneses, apesar de dominarem uma extensa área no oriente, contavam com poucos recursos naturais como petróleo, ferro e carvão. O imperialismo japonês foi mais atuante na Ásia, dominaram a Manchúria em 1931 e invadiram a China em 1935. No continente africano os italianos invadiram a Etiópia,  em 1935 e na Europa anexaram a Albânia em 1939.  A Liga das Nações esteve atenta e no discurso condenou essas invasões, porém, na prática pouco fez para impedir já que seus principais representantes, França e Inglaterra , não se sentiam ameaçadas ou prejudicadas economicamente.
A expansão territorial da Alemanha nazista

Ao  chegar no poder na Alemanha em  1933 com seu grupo político, Adolf Hitler criou e fortaleceu o Estado nazista.  Imediatamente os nazistas passaram a desafiar as determinações do Tratado de Versalhes que impediam o desenvolvimento militar e econômico do país.  Os alemães passaram a fazer grandes  investimentos nas forças armadas e a recuperar rapidamente a  suas forças produtivas.   Ao fortalecer o Estado Nazista Hitler definiu novos objetivos e entre eles estava a conquista de territórios que eram considerados fundamentais para o desenvolvimento da Alemanha.  O governo difundiu a teoria do “espaço vital”,que dizia que os povos de origem germânica deveriam estar agrupados sob o mesmo território.  Os nazistas pretendiam integrar as comunidades alemãs espalhadas pela Europa (Áustria, Sudetos – região montanhosa pertencente a antiga Tchecoslováquia -  e Dantzig,  na Polônia).  Nesse projeto de expandir o território da Alemanha, regiões pertencentes à União Soviética, ricos em minérios e outras matérias primas também deveriam ser conquistadas.

1º) A expansão do território alemão teve início em março de 1936 com a ocupação da Renânia,região cortada pelo rio Reno e que determina a fronteira entre a França e  Alemanha. Hitler ignorou o Tratado de Versalhes que determinava que essa região deveria permanecer desmilitarizada. Os franceses não reagiram diante da ocupação pois  ainda confiavam nas fortificações utilizadas durante a Primeira Guerra. De qualquer forma o governo francês ampliou a linha de defesa. Aproximadamente  200 km de trincheiras fortificadas foram construídas  pelos  franceses na região de fronteira entre os dois países.

2º) Dois anos depois, em março de 1938, sem fazer grandes esforços militares, os alemães anexaram a o território da ÁustriaPor serem povos de  línguas e culturas semelhantes, a maioria da população austríaca aceitou viver sob o comando de um único Estado. 

3º) O próximo desejo de Hitler era anexar os Sudetosregião pertencente a Tchecoslováquia e onde viviam  cerca de 3 milhões de pessoas de origem alemã. Ao contrário dos austríacos, os tchecos não estavam dispostos a ceder esses territórios a Alemanha e uma guerra entre os dois países parecia certa.  A situação chamava a atenção de ingleses e franceses e então foi convocada uma conferência para resolver a situação.

 Conferência de Munique
  (setembro de 1938)

O principal objetivo da conferência, realizada em Munique em setembro de 1938, era discutir as pretensões que a Alemanha tinha sobre a região dos Sudetos, pertencente a Tchecoslováquia. Além de Hitler e de Mussolini, participaram da conferência os primeiros ministros da Inglaterra, Neville Chamberlain, e da França, Édouard Daladier. Portanto, os representantes do governo tchecoslovacos, que eram os principais interessados, não participaram da reunião que decidiria o futuro do país. 
Inglaterra e França estavam atentas ao avanço do nazifascismo, porém, não se sentiam ameaçadas e acreditavam que o alvo principal dos alemães era o socialismo soviético.  Sendo assim, Ingleses e franceses concordaram  com a ambição de Hitler sobre os Sudetos desde que o líder do governo alemão não fizesse outras exigências e se comprometesse a encerrar sua política expansionista.  Feito esse acordo, os exércitos alemães ocuparam os Sudetos em outubro de 1938.
Em março de 1939 Hitler descumpriu o combinado da conferência e ocupou todo o território da Tchecoslováquia. A expansão nazista assustava o governo polonês que temia que o território da Polônia fosse ser o próximo alvo.  Os governos da Inglaterra e da França reagiram assinando um acordo com os poloneses se comprometendo auxiliar a Polônia caso ela fosse invadida pelos exércitos alemães.

Pacto germânico-Soviético

     No dia 27 de agosto de 1939 alemães e russos assinaram um importante acordo.  Adolf Hitler temia que Stalin fosse se aliar a Inglaterra e a França, o que o obrigaria a dividir sua força militar em duas partes, por outro lado, Stalin temia ter que enfrentar sozinho o poderoso exército alemão. Dessa forma, os dois líderes assinaram o pacto germânico-soviético pelo qual se comprometiam a não atacar um ao outro e projetavam a divisão do território polonês.
    O pacto acabava desconsiderando as divergências ideológicas que existiam entre os dois regimes políticos (capitalista na Alemanha e socialista na Rússia), e, ao mesmo tempo, representava a última cartada de Hitler para iniciar o plano de expansão territorial para o leste europeu. Como veremos, o pacto foi apenas uma ação tática de Hitler para não colocar a URSS como um forte inimigo no início das ações bélicas.

A INVASÃO DA POLÔNIA E O INÍCIO DA GUERRA: 

     Fortalecido pelo acordo com Stalin, Hitler deu a ordem para que as tropas alemãs invadissem o território da Polônia pelo oeste. Stalin deu a ordem de ataque pelo leste e logo o território foi dividido entre alemães e soviéticos. Automaticamente, Inglaterra e França, comprometidas em apoiar os poloneses, declararam  guerra a Alemanha iniciando assim a Segunda Guerra Mundial. 

Primeira fase: A guerra na Europa (1939 – 1941) 

Um pouco antes da guerra, em 1939, os alemães estavam recuperados economicamente e já contavam com um dos exércitos mais poderosos da Europa.  A primeira fase da Segunda Guerra Mundial foi caracterizada pelos rápidos ataques do exército alemão sobre as defesas inimigas.  Os alemães desenvolveram uma eficaz estratégia de guerra, chamada de Blitzkrieg (guerra-relâmpago), que consistia no avanço de tanques blindados (Panzers) e ataques da força aérea (Luftwaffe).  A seguir entrava em ação a infantaria e garantia a ocupação e vitória dos alemães. Foi assim que os nazistas conquistaram a Polônia e em seguida a Dinamarca, Holanda, Bélgica, Noruega e França.

A invasão da França

   Em maio de 1840 os alemães iniciaram a invasão da Holanda e da Bélgica que até então adotavam a neutralidade no conflito. O objetivo de Hitler era circundar a Linha Maginote o ocupar rapidamente o país vizinho. No dia 14 de junho do mesmo ano, após dominarem holandeses e belgas, as tropas nazistas invadiram a França e ocuparam a capital, Paris.
  A França não foi totalmente dominada pelos alemães e através de um acordo o território foi dividido em duas partes. A parte norte, até a fronteira com a Espanha, ficaria sob governo alemão; na parte sul formou-se um governo que colaborou com os nazistas, sediado na cidade de Vichy e comandado pelo marechal Philippe Pétain. A cumplicidade de Pétain com os nazistas provocou reação de franceses que não aceitavam colaborar com os inimigos. Liderados pelo general Charles de Gaulle, se organizou o grupo – franceses livres – que reagiram contra a ocupação nazista e representava as forças daresistência francesa.

A aliança entre Hitler e Mussolini

Em junho de 1940, quatro dias antes da entrada das tropas nazistas em Perais e após assistir as fulminantes vitórias alemãs em diversos países da Europa, Benito Mussolini finalmente decidiu entrar na guerra e anunciou sua aliança com Adolf Hitler. Os italianos declaram guerra à França e à Inglaterra.

A guerra contra a Inglaterra

No final de 1940, depois de dominar a França, a Alemanha passou a controlar grande parte da Europa. Nesse momento, coube à Inglaterra enfrentar sozinha a expansão nazista. Desde maio de 1940, o governo britânico era chefiado por Wilson Churchill, responsável por liderar a resistência dos ingleses contra os frequentes ataques nazistas. A estratégia adotada pela Alemanha para dominar os ingleses foi o bombardeio aéreo. De agosto de 1940 até o início de 1941 as principais cidades e portos da Inglaterra foram atacados constantemente.
Mesmo assim, auxiliada por radares, a força aérea militar da Inglaterra (RAF – Royal Air Force) conseguiu neutralizar a força aérea alemã. Os conflitos se deram também no norte do continente africano, onde alemães procuraram controlar colônias britânicas que eram de grande importância para o esforço de guerra. Sem sucesso definitivo no ataque a Inglaterra, Hitler foi obrigado a suspender a operação e adiar o projeto de conquistar o país inimigo.  A Alemanha tentou impor aos ingleses um bloqueio naval, começando assim uma guerra submarina.

A RESISTÊNCIA AO NAZISMO 

Aos poucos foram se organizando movimentos de resistência nos países europeus ocupados pelas tropas alemãs e italianas. Houve desde ações pacíficas, como a dos dinamarqueses que se retiravam de lugares públicos em que os militares alemães entravam, até a formação de milícias armadas para enfrentar os nazistas. Esses movimentos, agindo na clandestinidade, procuravam destruir instalações alemãs por meio da sabotagem e da guerrilha. Em 1941, respectivamente em junho e dezembro, dois importantes acontecimentos mudam de forma decisiva o cenário de guerra: a entrada da União Soviética e dos Estados Unidos no conflito.

O holocausto

Enquanto nos campos de batalha se desenrolavam as operações militares, nos territórios ocupados os alemães levavam a risca a doutrina de extermínio do nazismo.   Hitler era defensor da ideia de que a Alemanha havia sido derrotada na primeira guerra devido a traições internas e responsabilizava os judeus por isso. Foi de acordo com esse pensamento que o regime nazista perseguiu e exterminou milhares de judeus em toda a Europa. Segundo a doutrina nazista era preciso agrupar os povos de raça  ariana.
Além de judeus, homossexuais, opositores políticos de Hitler, ciganos, doentes mentais, pacifistas, eslavos e grupos religiosos também sofreram com os horrores do Holocausto. Dessa forma, podemos evidenciar que o holocausto estendeu suas forças sobre todos aqueles grupos étnicos, sociais e religiosos que eram considerados uma ameaça ao governo de Adolf Hitler.
Depois de renderem os exércitos alemães, seus principais líderes foram julgados por um tribunal internacional criado na cidade alemã de Nuremberg. Com o fim do julgamento, muitos deles foram condenados à morte sob a alegação de praticarem crimes de guerra. Hoje em dia, muitas obras, museus e instituições são mantidos com o objetivo de lutarem contra a propagação do nazismo ou ódio racial.

PESQUISA: Holocausto (história ilustrada)

PESQUISA: As atrocidades do holocausto
 (aventuras na história)

O decisivo ano de 1941: a entrada de soviéticos e norte-americanos na guerra

Entrada da União Soviética/ junho de 1941.

Apesar de ter firmado e de manter com Stalin um acordo de não agressão, Hitler ainda tinha como principal projeto conquistar a União Soviética, rica em minérios, petróleo e solo fértil para a agricultura. O líder nazista acreditava que com essa conquista a Alemanha se transformaria em um império invencível. Em junho de 1941 o governo alemão colocou em ação a Operação Barba Ruiva e as tropas nazistas iniciaram a invasão da União Soviética.  Diante da quebra do pacto entre os dois países e sentindo-se traído por Hitler, Stalin declarou guerra a Alemanha.

Entrada dos Estados Unidos/ dezembro de 1941.


     Desde o início da guerra os Estados Unidos, comandado na época pelo presidente Franklin Roosevelt, colaboravam especialmente com a Inglaterra fornecendo equipamento militar, matérias-primas fundamentais, alimentos, medicamentos, etc. Muitos norte-americanos já pressionavam o governo por uma participação direta na guerra pois temiam as vitórias e o avanço do nazismo na Europa.
       No dia 08 de dezembro de 1941, o Japão, procurando se livrar da presença dos Estados Unidos na Ásia e controlar o oceano Pacífico, lançou um pesado ataque aéreo à base militar norte-americana de Pearl Harbor, no Havaí.  Boa parte da força militar dos Estados Unidos no Pacífico ficou fora de combate e após isso os japoneses realizaram  importantes conquistas na China, na Indochina, nas Filipinas e na Indonésia. Um dia após ter sua base aérea bombardeada e destruída, Franklin Roosevelt declarou guerra contra o Japão.  Automaticamente, a Alemanha, aliada do Japão, declarou guerra aos Estados Unidos.  A entrada da União Soviética e dos Estados Unidos na guerra alterou completamente os rumos da guerra.

Segunda fase: A guerra no Mundo (1942 – 1945)

A entrada da União Soviética e dos Estados Unidos na guerra em 1941 provocou grandes mudanças no conflito. A guerra realmente tornou-se mundial e formaram-se dois blocos: 

A invasão da União Soviética pelos alemães

As maiores batalhas da guerra ocorreram na segunda fase e foram travadas na frente oriental.  No dia 22 de junho os alemães colocaram em ação a Operação Barba Ruiva, nome secreto dado ao plano de invadir a União Soviética. Para combater os soviéticos Hitler destacou 65% de sua força militar, incluindo seus melhores equipamentos e as principais tropas de infantaria (3 milhões de soldados, 10 mil tanques e 3 mil aviões). Os alemães pretendiam aniquilar o inimigo antes do inverno.
Entre 1941 e 1942 os alemães contaram com apoio de aliados húngaros, finlandeses e italianos. Foi desse modo que, apesar das perdas sofridas, dominaram boa parte do território soviético se apoderando de campos e poços de petróleo. Entretanto, o governo soviético soube mobilizar o povo para a luta contra os nazistas. Centenas de cartazes destacavam o dever de cada um na resistência dos invasores.
 Atacado de surpresa, o exército soviético não conseguiu inicialmente conter o avanço das tropas nazistas, que, em menos de um mês, já haviam percorrido 750 quilômetros em direção ao interior do país e se aproximavam cada vez mais da capital, Moscou. O exército soviético soube tirar proveito do rigoroso inverno. Sem uniformes apropriados, dezenas de milhares de alemães morreram de frio e os equipamentos militares perdiam eficiência. Enquanto Moscou resistia, Hitler ordenou o ataque a importante cidade de Stalingrado, situada mais ao sul.
Em setembro de 1942, tropas blindadas do exército alemão entraram em Stalingrado, onde foi travada uma das mais importantes batalhas de toda a guerra. Apesar das dificuldades enfrentadas pelos alemães, Hitler não aceitava qualquer possibilidade de recuo. Apesar do esforço dos soldados alemães, em novembro o exército vermelho deu início ao contra-ataque obrigando o exército nazista a se render pela primeira vez. A Batalha de Stalingrado marcou o fim do mito da invencibilidade do exército alemão e o início da derrota da Alemanha.
A partir dessa vitória os soviéticos deixaram a posição de defesa e assumiram a posição de ataque conquistando diversos territórios controlados pela Alemanha, como Polônia e Tchecoslováquia. Como veremos, os soviéticos foram os primeiros, no final da guerra, a entrar em Berlim.

A ofensiva dos aliados e a derrota da Alemanha
  
     Ao mesmo tempo em que enfrentavam os soviéticos na frente oriental, os alemães passaram a ser atacados pela frente oriental pelos aliados, que contavam agora com o  grande poderio militar dos Estados Unidos. A ofensiva dos aliados começou com o desembarque de tropas norte-americanas e inglesas no norte da África, resultando na expulsão das forças alemãs e italianas da região. A vitória no norte da África facilitou a entrada dos aliados no sul da Itália e a rendição de Mussolini em setembro de 1943. As forças alemãs que ocupavam parte da Itália se renderam somente em maio de 1945. Foi na Itália que atuou a Força Expedicionária Brasileira.
Em junho de 1944 os aliados planejaram uma nova frente de combate contra os alemães pretendendo libertar a França da ocupação nazista. No dia 06 de junho, norte-americanos e ingleses desembarcaram na Normandia, costa norte da França, e atacaram as tropas alemãs no dia que ficou conhecido como dia D. No final de julho os aliados já haviam consolidado suas posições na França e em pouco tempo Paris estava livre da ocupação alemã.  A Alemanha estava derrotada na frente oriental pelos soviéticos e agora procurava conter o avanço dos aliados na frente ocidental. 

A RENDIÇÃO DA ALEMANHA

Ao invadir a URSS Hitler foi obrigado a dividir suas forças militares para atacar e se defender ao mesmo tempo na frente e oriental e ocidental e logo percebeu o tamanho de seu equívoco.  Após derrotarem as forças nazistas que ocupavam a França, os aliados prepararam um definitivo ataque à Alemanha.   Pelo oeste os alemães eram bombardeados pela força aérea de Inglaterra e Estados Unidos e pelo leste as tropas soviéticas iniciaram a marcha à Berlim em janeiro de 1945.  Mesmo com a iminente derrota nazista e com suas forças militares arruinadas, Hitler não admitia qualquer possibilidade de rendição e através de forte propaganda o governo passou a convocar soldados da reserva e até idosos e crianças para lutarem pela Alemanha.
No campo de batalha, qualquer tentativa de deter o avanço soviético foi inútil.  O grande número de deserções e mais a falta de munição e alimento inviabilizaram a resistência alemã diante das forças de Stalin. No dia 30 de abril de 1945 Hitler e sua esposa, Eva Braun, suicidaram-se. No dia 05 de maio as tropas soviéticas invadiram Berlim e dois dias depois a Alemanha se rendeu.


      A bomba atômica e a rendição do Japão

Apesar de a guerra ter chegado ao fim na Europa, os japoneses insistiam em prosseguir a luta pelo domínio do Pacífico onde enfrentavam os Estados Unidos. Nessa luta foi comum o uso do ataque suicida dos pilotos Kamikazes. Apesar de o governo japonês admitir a derrota e negociar as condições da rendição, os norte-americanos fizeram questão de demonstrar seu poder militar atingindo o Japão com duas bombas atômicas nos dias 06 de agosto de 1945, em Hiroshima, e 09 de agosto emNagasaki.  Nas duas cidades, mais de 160 mil morreram na hora. 
Para muitos, a intenção dos Estados Unidos ao promover um ataque devastador contra o Japão era demonstrar a sua força militar e impressionar principalmente a União Soviética. O mundo pós-guerra será profundamente marcado pela disputa ideológica entre capitalismo e socialismo, característica principal da chamada guerra fria.  

O MUNDO PÓS-GUERRA

A guerra terminou em 1945 e deixou para trás um número incalculável de mortos. Alguns afirmam que esse número pode ter se aproximado de 50 milhões. Outros milhões ficaram feridos, mutilados, sem moradia e sem família. Cidades, indústrias e campos agrícolas foram arruinados gerando grandes prejuízos. Os Aliados instauraram o Tribunal de Nuremberg para julgar criminosos de guerra, sobretudo os nazistas. Logo após a guerra foi fundada a ONU (Organização das Nações unidas), com sede em Nova York. O órgão teria a função de estabelecer a paz e a segurança internacional; para resolver problemas internacionais; garantir os direitos humanos. Apesar dos prejuízos econômicos causados pela guerra, o conflito serviu também para estimular o avanço técnico e industrial.

A divisão da Alemanha:

Em julho de 1945 realizou-se a Conferência de Potsdam. Nessa conferência as potências vitoriosas dividiram o território alemão em quatro partes.  Em 1949, o território foi dividido em dois países: Alemanha Ocidental, sob influência dos E.U.A, e Alemanha Oriental, sob influência da URSS.  Em 1961 foi construído o muro de Berlim, que, além de dividir a cidade de Berlim ao meio, simbolizava a divisão do mundo em dois blocos: o capitalista e o socialista.  A chamada Guerra Fria, entre Estados Unidos e U.R.S.S  é  a principal marca do mundo pós-guerra. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário